O prefeito de Santa Bárbara, Denis Andia (PV), anunciou ontem a demissão dos 49 servidores comissionados (de livre nomeação e exoneração) que herdou da administração passada. As dispensas ocorrem apenas agora porque, até ontem, a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste não tinha dinheiro para bancar os cerca de R$ 220 mil em encargos trabalhistas.

Segundo a assessoria de imprensa do município, a medida atingiu todos os cargos com essa característica. “Não fizemos isso na sexta-feira por falta de verba em caixa. Hoje (ontem), como entrou um pouco de dinheiro, pudemos começar as dispensas”, disse o prefeito. Andia, que prometeu durante a campanha eleitoral reduzir o número de postos com indicação exclusivamente política, ainda não decidiu quantos desses cargos voltarão a ser preenchidos.

A administração aguarda agora a conclusão de um levantamento, dentro das secretarias, da situação de funcionários públicos concursados que ocupam funções de confiança – com acréscimo de salário – por meio de portarias de nomeação. No caso desse grupo, os secretários vão definir quem continua e quem volta aos seus postos efetivos.

MEDIDA
Também foi anunciada ontem, como medida de contenção de despesas, a manutenção do veto à realização – pelos servidores – de horas extras. A proibição foi determinada logo após a eleição pelo então prefeito Mário Heins (PDT). “Escapam” da restrição funções essenciais como motoristas de ambulância e funcionários de unidades de saúde. Ontem, a administração divulgou que a dívida deixada pela administração Heins/Larguesa deve ultrapassar os R$ 12 milhões e não os R$ 10 mi anunciados anteriormente. Caso haja necessidade de horas extras, um requerimento terá de ser feito diretamente pelo secretário e assinado pelo prefeito. “Foram as primeiras medidas para tentarmos enxugar a máquina pública”, completou Andia.

Fonte: Jornal O Liberal