Santa Bárbara: Após 26 anos, Festa Confederada de 2012 é cancelada
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012Após 26 anos de sucesso, a Festa Confederada, que acontece todos os meses de abril no Cemitério do Campo, em guia Santa Bárbara d’Oeste, deixará de acontecer.
Segundo o vice-presidente da Fraternidade Descendência Americana, João Padovesi, uma reestruturação da entidade e a necessidade de uma reforma nas dependências do Cemitério do Campo, onde acontece o evento, foram os motivos da decisão.
“No final do ano passado uma forte chuva destruiu muita coisa no Cemitério, e também precisamos repensar vários aspectos da festa, que cresceu muito nos últimos anos. A decisão em deixar de realizar a festa em 2012 foi a mais acertada e em 2013 voltaremos a promovê-la”, garante Padovesi.
Fundada em 1954, a Fraternidade formada por netos e bisnetos do primeiro grupo de imigrantes norte-americanos que chegou ao Brasil no final do século 19, iniciou a Festa Confederada em 1986, na tentativa de promover o reencontro de famílias vindas do sul dos Estados Unidos após a Guerra da Secessão (1861-1865), que dividiu as regiões Norte e Sul daquele país.
Com o tempo, o evento foi ganhando adeptos e virando alvo de pesquisadores de todo o Brasil.
Em 2010, cerca de 2 mil pessoas compareceram à comemoração.
“Por várias ocasiões recebemos historiadores que vieram ao Brasil especialmente à festa”, lembra Padovesi.
Influência
A história da imigração americana no Brasil é pitoresca, sob todos os pontos de vista.
Ainda sob os efeitos da Guerra da Sucessão, várias famílias deixaram o País com dinheiro nas mãos e à procura de um lugar fora dos limites dos Estados Unidos para levar suas famílias.
Um pequeno grupo veio parar na região, influenciando costumes e até provocando polêmica em função de seus hábitos na agricultura, religião e educação.
Calcula-se que, entre os anos de 1866 e 1890, entre 3 mil e 10 mil americanos vieram para o Brasil, um país inóspito para os costumes daquele povo na época.
“É de se notar que boa parte regressou aos EUA por não se adaptar às novas condições. Não há dados estatísticos sobre o número de imigrantes que se fixaram no Brasil, nem sobre os que voltaram”, destaca Lucy Mac Knight, uma das pesquisadoras da Fraternidade Americana de Santa Bárbara d’Oeste.
Tampouco há estimativa do número atual de descendentes dessa leva que fixou residência por esses lados.
Muitas mulheres se casaram com imigrantes de outros locais do mundo, como Itália e Alemanha, e mudaram de nome.
“Possivelmente existem muitos descendentes hoje que nem sabem que são de origem americana”, conclui Padovesi.
Fonte: Jornal O Liberal
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